Metodologias de Acção Educativa e Projecto
Projecto: Musical "Aladino"
O presente trabalho está inserido na unidade curricular de Metodologias de Acção Educativa e Projecto, orientada pelos Professores Alcina Figueiroa e Artur Vieira.
Neste trabalho apresentamos o Projecto musical “Aladino” a fim de ser realizado no concelho da Póvoa de Varzim, com os alunos do quarto ano de escolaridade do 1º ciclo do ensino básico, no âmbito da Actividade de Enriquecimento Curricular (AEC) – Música.
Assim sendo, o nosso projecto divide-se em cinco pontos, que passamos a aclarar.
No primeiro ponto, ao qual intitulamos de enquadramento, contextualizamos e fundamentamos o trabalho a desenvolver, através das orientações programáticas de música, para as AEC e transversalmente com pedagogos da mesma área. Neste mesmo ponto abordamos ainda as finalidades e objectivos do mesmo, relativamente aos alunos.
No segundo ponto do trabalho apresentamos os Agrupamentos de Escolas, onde se inserem as Escolas Básicas de 1º ciclo, apresentamos a articulação existente entre as AEC e a Escola de música do ensino vocacional da Póvoa de Varzim. Ainda neste ponto evidenciamos a interdisciplinaridade intrínseca ao projecto, bem como, seguidamente, esclarecemos a evolução da metodologia de trabalho.
No ponto seguinte abordamos o plano de acção do desígnio, isto é, apresentamos uma calendarização de acção para a sua implementação, em contexto organizacional de sala de aula.
Consequentemente incidimos sobre a importância e função do professor reflexivo na sala de aula e perante a comunidade educativa nos dias de hoje, edificador do conhecimento, tendo em conta os quatro pilares da educação, comparativamente com o professor transmissivo e directivo.
Por último apresentamos as nossas conclusões perante o projecto, reflectindo sobre o mesmo, mediante as necessidades dos dias de hoje, articulando-as com a necessidade reflexiva do docente, a fim de alcançar uma educação formativa e formadora.
Finalidades
Reflexão
Num passado recente o professor tinha como função específica ensinar e transmitir conhecimentos, bem como fazer aprender alguma coisa a alguém. Como o seu acesso ao conhecimento era menor, devido à dificuldade de aproximação com informação, o professor era tido apenas como um transmissor de conhecimento da sua unidade disciplinar, em que os conteúdos estavam separados das vivências do aluno e da sua realidade social. Os seus recursos pedagógicos não iam para além do livro e do quadro de lousa, onde apenas o contexto de aprendizagem formal era válido, pois tudo o era aprendido fora deste, não era usufruído na sala de aula.
Nesta perspectiva, o conceito ensinar para este grupo profissional é uma questão pertinente nos dias de hoje, pois a sua função específica de ensinar já não é uma simples passagem pelo saber.
Porém, o conhecimento começou a ser muito mais vasto e acessível motivado pelo desenvolvimento da globalização, ou seja, ao acesso mais alargado de informação contrariamente ao passado. É a partir destes argumentos que se caracteriza o desenvolvimento da escolaridade nos finais da primeira metade do século XX e o reconhecimento social dos docentes enquanto grupo profissional.
A função de ensinar para este grupo específico de docentes é um reconhecimento complexo, fazer aprender alguma coisa, o saber fazer, saber como fazer e saber porque se faz, não é tarefa fácil para os professores, é pois necessário investir na sua formação e investir no seu conhecimento.
Não basta ao docente conhecer os conteúdos programáticos, as pedagogias ou didácticas e expô-las num determinado momento mas sim, transformar estes contextos numa forma criativa de modo a suscitar mais interesse e motivação por parte dos alunos.
O Professor deve proporcionar aos alunos uma visão holística, sendo necessário salientar que, para que haja aprendizagem, deve haver troca e partilha de conhecimentos, o aluno chega à escola repleto de informação e experiências vividas, que devemos enquadrar e adequar diariamente aos conteúdos programáticos explorados. Para que essa troca seja possível é indispensável que haja comunicação e, para que a comunicação seja produtiva, o professor deverá assumir uma atitude de interpretação, de clarificação e explicitação do que muitas das vezes foi mal compreendido.
É aqui que o conhecimento profissional do professor entre outros profissionais exige sem dúvida um domínio de muito saber técnico (como fazer), e um domínio do improviso (criador).
Estes dois domínios só se convertem em conhecimento profissional quando o poder conceptual exerce nestas valências, (técnica e criativa) uma análise organizada em conhecimentos formalizados e/ou em experiências, que permitam alcançar mais potencialidades e que o profissional possa ser confrontado em determinadas situações. Deve-se saber ensinar, e não só ensinar.
O saber profissional tem que ser construído com bases teorias e práticas (acção/interacção), para criar no acto pedagógico um processo transformativo e inovador em cada aprendizagem, tornando-o assim, num reforço mais consistente e em constante actualização na sua especificidade, pois é no domínio dessas bases e através da sua articulação, que se desenvolve uma maior segurança profissional, de modo a garantir que o seu conhecimento ganhe consistência para pensar na sua prática de forma a aprimorar sempre o seu trabalho.
A profissão de professor obriga a uma incessante procura da actualidade, embora saibamos que quanto mais se sabe mais falta saber…
Transportando para a educação musical, o professor deve procurar os gostos explícitos dos alunos, conseguidos por diferentes factores, compreendê-los e aplicá-los em contexto de sala de aula.
A educação musical promove nos alunos um desenvolvimento auditivo, cognitivo, criativo e emocional, fomentando também relações sociais e inter-relacionais com o grupo.
Compreende-se que para o bom desenvolvimento educativo e formativo dos alunos, estes, devem trabalhar em articulação com outra áreas de saber, em projecto, de modo a promover interesse, participação e comunicação com toda a comunidade educativa.
O objectivo do projecto é dar oportunidade aos alunos de criarem e explorarem vivências e ambientes, a partir da música, utilizando o seu corpo e a sua voz.
É neste enquadramento que surge o nosso trabalho de projecto centrado na temática de um musical para os alunos do 1º ciclo do ensino genérico, no âmbito das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC).
Avaliação intermédia
Avaliação intermédia.pdf (228,3 kB)
Conclusão
Considerando que a criança se exprime, comunica e socializa através da voz e do corpo, o docente deve ter um papel de destaque na interacção da relação da criança no processo ensino - aprendizagem, levando-a a construir a sua autonomia, identidade e criatividade individual e colectiva.
As actividades musicais propostas levam a criança a observar, a ouvir, a criar, a experimentar e vivenciar aprendizagens em acção, articulando-as com diferentes saberes e competências, de modo a fomentar as práticas artísticas no interior da escola e na comunidade escolar.
O professor deve estar atento ao desenvolvimento das habilidades dos seus alunos, motivando-os e reflectindo, pois uma turma engloba uma diversidade de crianças heterogéneas.
Pensamos que o musical pode ser entendido como uma ferramenta que potencia a forma de comunicação e expressão, de modo a promover transformações na Educação. Neste projecto, o primordial é entender a arte musical como desenvolvimento de aptidões como: a auto-estima, resiliência, a resolução de problemas, apuramento do sentido crítico, pensamento musical, tudo isto de uma forma lúdica.
Cabe a todos os professores intervenientes agir de forma activa e reflexiva sobre os seus alunos, não somente na sala de aula, mas também no seu papel como pertencente a uma sociedade.
O Trabalho Final
Bibliografia
Massano, A. J. (2003). História de Aladino ou a Lâmpada Maravilhosa, Lisboa: Editorial Teorema
Roldão, M. C. (2008). Função docente: natureza e construção do conhecimento profissional, Universidade do Minho
Vasconcelos, A. Â. (2006). Orientações Programáticas do Ensino da Música no 1º ciclo do ensino Básico, APEM: Ministério da Educação
Willems, E. (1970). As Bases Psicológicas da Educação Musical, Bienne:Edições Pró-Música
Sitografia
Oliveira, G. P. (2008). Os 4+1 pilares da educação on-line a distância: uma estratégia multidimensional de planejamento, disponível em https://www.abed.org.br/congresso2008/tc/5112008122848PM.pdf, consultado em 14/02/2011
Serenisimo (s/d). Aladino y la Lámpara Maravillosa, disponível em https://serenisimo.wordpress.com/2009/07/02/aladino-y-la-lampara-maravillosa/, consultado em 14/02/2011