Música e Desenvolvimento da Pessoa

  

#1

 

Reflexão

 

Artigo: Natureza da Performance Instrumental e Sua Avaliação no Vestibular em Música

 

Nas primeiras linhas deste artigo e em referência ao ensino especializado da música, faz-se uma analogia com a “restrição” dos acessos a este tipo de ensino e ao modelo e repertório nele utilizado. Intrinsecamente ligada a esta última concepção fica a ideia de que a técnica tem grande preponderância sobre a expressão e a criatividade.

Para P. Fletcher a técnica musical será o factor mais importante, mas já para P. Johnson uma performance de excelência vai para além disso, vai para além do que sê interpreta em primeira instância numa partitura.

Sloboda considera a técnica importante, pois esta não se deve dissociar da performance de excelência. Mas um músico completo irá muito para além disso.

Indo ao encontro do que nos diz Reimer (citado no artigo), e sendo a estrutura interna da música a sugerir a sua expressividade, os músicos não detêm a universalidade do conhecimento sobre as obras executadas. Deverão estes procurar apoio de modo a complementar o seu conhecimento sobre as obras e executar, consultando a história em que a obra se enquadra ou o ambiente em que foi erigida.

Quando ocorrem dificuldades na execução técnica de uma obra fica descurada a sua parte interpretativa, logo perdem-se informações importantes sobre qual será a real capacidade interpretativa do executante. Sloboda pensa que as limitações internas sejam mais relevantes no processo criativo, do que as externas.

Estas dificuldades não se verificam somente ao nível da execução, mas também a nível da composição, como nos diz Sloboda (1985). Ainda nesta referência, Sloboda caracteriza os experts como pessoas que têm grande experiência nos seus domínios, que empregam conhecimentos adquiridos anteriormente para adaptar soluções, e que recuperam informações úteis utilizadas previamente na resolução de problemas.

Nos experts muitos pormenores inerentes às suas preferências e opções musicais passarão despercebidos, isto porque a execução musical implicou gestos automatizados e irreflectidos, não tendo sido dominados conscientemente.

Aqui se começa a desenhar a distinção entre músico expert e músico génio…

Também no que se refere aos professores esta perspectiva pode ser alargada de modo a que o conhecimento imediato passe a ser contínuo e cumulativo com uma óptica pessoal. Deve-se dar ao aluno margem de progressão própria de modo a que possa por algo de pessoal na sua execução.

O modelo de espiral de Swanwick e Tillman, de acordo com Hargreves e Zimmerman (1992), assenta em dois princípios importantes. O primeiro tem como alicerce o paralelismo entre o desenvolvimento musical e três aspectos dos jogos das crianças (imitação, mestria e jogo imaginativo). O segundo princípio caracteriza-se pelo desenvolvimento musical, partindo do pessoal para o geral.

A abrangência da visão com que os alunos se deparem no processo educativo fará com que estes se situem e encaminhem o seu próprio aperfeiçoamento musical.

Algo também relevante dito por Sloboda (1985), não se comprova que as limitações internas tenham mais importância na concepção dessas ideias, (aperfeiçoamento musical), do que as limitações externas.

Em jeito de conclusão refiro que, uma grande quantidade de músicos que saem das nossas escolas poderão ser considerados como experts, pois aprendem a matéria e conseguem expô-la tal qual aprenderam, mas, sendo muito ténue o seu cunho pessoal numa interpretação e muito pouca a expressividade exposta nas suas interpretações direi que: a nível musical nos faltam génios.

 

“Todo gênio é expert mas nem todo expert é gênio, dado que expert apresenta um conhecimento profundo sobre um assunto específico, enquanto os gênios apresentam conhecimentos que superam o mero domínio de área, estabelecendo novos paradigmas em uma área de atuação” (GALVÃO; GOMES, 2008).

  

 

#2

Percepção/Cognição

 

 

  

Percepção-Cognição.pdf (244 kB)

 

  

#3

 

O Meu Trabalho

 

Trabalho Final.pdf (2,3 MB)

 

 Apresentação.pptx (2,6 MB)

 

 

Bibliografia

GALVÃO, A.; SANTOS, G. - Escola, currículo e cultura, ensino/aprendizagem, psicologia da educação, educação, trabalho e movimentos sociais, Brasília: Líber Livro, 2008

HARGREAVES, D.; ZIMMERMAN, M. – Developmental Theories of Music Learning, New York: Schirmer Books, 1992

SLOBODA, J. - The musical mind: the cognitive psychology of music, Oxford: Clarendon, 1985

 

 Sitografia

https://www.anppom.com.br/opus/opus7/cecimain.htm, consultado a 18 de Janeiro de 2011

https://www.domain.adm.br/dem/licenciatura/monografia/thiagoassis.pdf, consultado a 18 de Janeiro de 2011