Teoria e Desenvolvimento Curricular

 

 

#1

 

 Reflexão

 

Artigo: Do Desenho Curricular ao Desenho Didáctico

 

Neste artigo enceta-se uma alternativa ao currículo rígido, pois constata-se o desajuste da escola e do seu currículo face à sociedade envolvente no mundo actual.

Como disse Jurjo Torres Santomé no encontro “Volver a pensar la Educación”,

“Creio que a escola sempre esteve desajustada e sempre irá estar desajustada. Se olharmos para a história da educação não há ninguém que diga que a escola está a cumprir aquilo que se lhe pede. Em nenhum momento da história. E isso é uma característica particular da escola. No entanto, penso que actualmente os desajustamentos são muito maiores, dado estarmos a atravessar um período de grandes transformações, como é exemplo a revolução da informação.”

Este desajuste tem um grande alcance, pois, devido à globalização, praticamente tudo estará disponível em ambos os sentidos dos canais de comunicação. Também como consequência desta globalização poderemos (nós professores) obter algumas ferramentas que nos ajudarão a construir um desenvolvimento curricular positivo, quer através da cooperação e partilha de ideias, quer através das práticas vivenciadas.

As quatro fontes do currículo referenciadas por Zabalza (2008) são elementos importantes para a edificação do mesmo, pois a abrangência dos parâmetros tidos em conta para a sua elaboração serão de extrema importância para a sua universalidade.

Como diz (Coelho 1989) “Currículo em educação … engloba todas as situações com as quais a criança se confronta na escola, estejam previstas ou não…”.

Assim sendo serão admissíveis todos os currículos, desde que sejam sustentados e produzam frutos a nível da formação e da valorização da pessoa.

Também será importante desenvolver no aluno uma capacidade de adaptação às novas situações, incutir uma maior capacidade de desenvolvimento cognitivo aliado a uma boa formação cívica e fazê-lo sentir uma utilidade no que aprende para ser aplicado no seu dia-a-dia.

Uma flexibilização do currículo deve promover a cooperação e a responsabilização mútua dos vários intervenientes no processo educativo. Os conteúdos não devem ser estáticos, pois os alunos não precisam de adquirir as competências que são propostas sem poder opinar e dar a sua ideia sobre o que se vai passar numa sala de aula.

O próprio professor não precisa de se assumir como o centro do processo, dando ao aluno a possibilidade de escolher tarefas de entre as que forem propostas, de maneira a que o aluno se identifique mais com o trabalho produzido na sala de aula. Um professor deve ainda dispor de um vasto leque de meios de apoio (áudio, vídeo, etc.) que permita aos alunos vivenciar novas situações e quebrando a rotina das aulas, etc., incrementando assim uma maior motivação e vontade de aprender nos seus alunos.

Como resultado um currículo deve ter em conta somente “o que” deve ser ensinado, “como” deve ser ensinado e “quando” deve ser ensinado, mas sobretudo “por que” este conteúdo deve ser ensinado. Pergunta-se porque se optou por estes e não por outros conhecimentos? Quais são os interesses que estão por trás dessas escolhas?

O currículo deve ser orientado para um processo de construção no qual a sociedade tem um papel importante, mas onde as ligações ao poder, como diz Silva (2002) “… que fizeram e fazem com que tenhamos esta definição determinada de currículo e não outra, que fizeram e fazem com que o currículo inclua um tipo determinado de conhecimento e não outro.”

Bibliografia

- COELHO, Carlos - Educação antiga e medieval, Aveiro: Universidade de Aveiro, 2009

- SILVA, T. - Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo, Belo Horizonte: Autêntica, 2002

- ZABALZA, Beraza - Guións para o seguimento do curso , V. Nova de Gaia: Instituto Piaget, 2008

- JÙNIOR, Alfredo - Prática de Ensino em Educação Física - Estágio Supervisionado, São Paulo: Atas, 1987

Sitiografia:

- https://www.apagina.pt/?aba=7&cat=87&doc=7888&mid=2, consultado a 13 de Janeiro de 2011

- https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20071026162111AAeDWaO, consultado a 13 de Janeiro de 2011

 



 

#2

 

Reflexão

 

DO PROJECTO DE “GESTÃO FLEXÍVEL DO CURRÍCULO” À REORGANIZAÇÃO CURRICULAR

 

Este documento retrata uma reorganização curricular do ensino básico, levada a cabo em 2001 com a pretensão de combater o aparente insucesso de uma reforma curricular produzida em meados da década de 80.

Nesta reorganização deu-se especial atenção ao currículo, valorizando a formação e socialização das gerações vindouras, e também incrementar o profissionalismo da classe docente. Toda esta mutação atendeu mudanças a vários níveis - incutindo a reflexão, a pesquisa, a autonomia, a avaliação participada, etc.

De forma a obter coesão nesta reforma, os docentes teriam que frequentar formações, para assim poderem inovar e dilatar qualitativamente os seus métodos de ensino.

Outros aspectos com relevância nesta remodelação seriam: a articulação vertical e horizontal entre os ciclos do ensino básico, e destes com o pré-escolar e o secundário; a obtenção, por parte dos alunos, de níveis de qualidade e exigência, verificados através da aquisição de competências essenciais; a articulação entre o currículo e a avaliação; e o aumento da autonomia das escolas de forma a orientarem-se para a realidade local em que se inserem.

Tudo isto tem um objectivo comum: melhorar a qualidade do ensino.

Em termos concreto teríamos o aparecimento de nova disciplinas ou áreas curriculares, a auto-avaliação institucional, a formação contínua dos docentes, o incremento nos alunos da pesquisa, questionamento crítico, diálogo e experimentação, entre outros.

Em suma, todo este processo visava o aumento da qualidade na educação através do combate à falta de articulação e sintonia entre os vários operantes do processo educativo, facultar ambientes de aprendizagem favoráveis, o aperfeiçoar o pensamento crítico e reflectivo e desenvolver a investigação pessoal.

O resumo em três palavras:

Investigar, reflectir e colaborar.

 

#3

 

Artigo

 

CURRÍCULO, ESCOLA E COMUNIDADE: RELAÇÕES E POSSIBILIDADES

 

Palavras-chave: Currículo, experiência, globalização, autonomia e vivência multicultural.

Ideias mais importantes:

O currículo deve construir-se passo após passo, crescer e procurar sempre a adaptação. Pode-se dizer que será uma actualização constante e sempre à procura dum ajustamento no tempo.

O seu “construtor” deve pô-lo constantemente em causa e reavaliar a sua validade. Assim sendo, a palavra experiência adapta-se ao que é na essência o significado de currículo.

Com as vivências vão-se obtendo, a vários níveis, experiências essenciais para a adaptação e optimização do currículo. Este pode ser previsto e delineado, mas o seu resultado não pode ser antecipado, pois são várias as premissas que não podemos controlar.

Mesmo que não se consiga obter esse controle deve-se, como diz Skinner “aceitar os fatos mesmo quando eles são contra a nossa própria vontade (1953).”

A acrescentar a esta reflexão inicial queria salientar que com a imprevisibilidade inata à linha da vida, a vivência de novas experiências é quase certa, obrando assim outras concepções e outros horizontes.

No que concerne aos modelos de currículos vividos temos o escolar, onde não se pretende qualquer tipo de experiências não planeadas, mas sim um controle das mesmas, e o não-escolar, onde a aleatoriedade e a imprevisibilidade imperam.

Estes dois tipos de currículo, por mais díspares que sejam, acabam por conviver e fazer parte de um todo, o currículo humano.

Muito em voga hoje em dia está o conceito de globalização.

O acesso global à informação permite reflexões, abordagens e reacções diferentes às mais variadas situações. Será importante realçar que hoje, como diz Jean Tardif,

“…esses processos interactivos inscrevem-se numa dinâmica ampla, modificada especialmente pela globalização cultural (2004).”

Com esta tendência, será importante promover uma articulação entre a escola e a comunidade, no sentido da convergência dos seus currículos. Adequá-los às novas realidades e à comunidade envolvente. Pensa-se que as acções curriculares devem ser flexíveis, deve-se dar importância à investigação passando da teoria à prática.

Com isto, pretende-se que os sujeitos que convivem num espaço de diversidade cultural e multirracial constituam os seus “conteúdos”, não deixando que sejam outros, neste caso os professores, a fazê-lo por si.

O que é desejado é que o professor deixe de ser um expositor satisfeito em transmitir soluções prontas; o seu papel deveria ser aquele de um mentor, estimulando a iniciativa e a pesquisa.” (Piaget 1973)

 

Passagens interessantes:

“O currículo é produzido pela experiência.”

“…as experiências escolares convivem com experiências não-escolares.”

“…o currículo carrega um vínculo inseparável com a cultura e com as relações de poder dentro da sociedade.”

“Enquanto as ações educacionais empreendidas pelos professores dentro das escolas não podem resolver, por si mesmas, os problemas da sociedade, elas podem contribuir no sentido de construir sociedades decentes e justas.”

“A escola não é um espelho da comunidade. A escola não é um retrato da comunidade. A escola não é salvadora da comunidade. A escola participa da comunidade e é participada por ela.”

 

 

Conclusão

Queria rematar esta reflexão com uma frase que outrora me foi enunciada:

“O dinheiro faz homens ricos, o conhecimento homens sábios e a humildade faz homens grandes."

 

#4

 

Trabalho de Grupo

 

Trabalho de Grupo.pdf (483,7 kB)

 

#5

 

 

Trabalho de Grupo – 2

 

Orientações Curriculares - 3º Ciclo.pdf (489,1 kB)

 

#6

 

Apresentação do Trabalho de Grupo

 

Apresentação TDC.ppsx (1,6 MB)

 

#7

 

Reflexão sobre o Trabalho de Grupo

 

Na elaboração deste trabalho acabei por ter a verdadeira consciência do que envolve todo o processo de planificação de uma aula em todo o seu esplendor, socorrendo-me assim deste valiosíssimo contributo para acumular algo de muito positivo à minha pouca experiência, e crescer como pessoa e particularmente como profissional.

Como exemplo, o simples facto dos domínios: interpretar, ouvir e compor irem ao encontro das vivências e gostos dos alunos, incutem-me um espírito completamente diferente do que detinha antes de ter esta visão holística de todo o processo de ensino/aprendizagem, assim a minha missão como professor passa a englobar o aluno como cerne do processo e chave de todo o sistema.

O facto de induzir nos alunos o desenvolvimento humano e as competências artístico – musicais torna-me extremamente motivado, para que continue a expandir e melhorar o trabalho que venho incrementando de forma contínua e intensiva. Deixo assim de ver o professor como simples transmissor de conhecimentos (embora não o idealizasse estaria de certa forma intrínseco em mim), mas sim alguém que interage com os alunos, articula com as outras áreas do saber, e acolhe positivamente toda a restante comunidade escolar e extra-escolar envolvente.

Ao longo deste trabalho fui acumulando inúmeros aspectos que me conduzirão com certeza a ser um melhor profissional. Quer devido aos diversos tipos de pesquisas efectuadas quer devido à interacção com colegas mais experientes que me elucidaram sobre numerosos aspectos.

Concluindo esta brevíssima reflexão acho pertinente referir que não só o trabalho levado a cabo pelo nosso grupo me engrandeceu, mas todos os trabalhos apresentados durante toda a sessão de apresentações conseguiram, de uma ou outra forma, contribuir para o já referido - crescer como pessoa e como profissional.